Os 1.290 dias de Daniel - Fim dos tempos




O texto de Daniel 12:11-13 é um trecho profético que se refere ao tempo do fim e ao julgamento final. A interpretação desse texto pode variar dependendo da teologia de cada grupo religioso. Aqui está uma breve explicação de como a teologia católica, arminiana e adventista entendem esses versículos:

Teologia Católica


A teologia católica entende que o versículo 11 refere-se ao fim do tempo em que o sacrifício contínuo será abolido e a profanação do Templo será purificada. Isso se refere à crucificação de Jesus Cristo e à sua ressurreição, que foi a purificação definitiva do Templo e o fim dos sacrifícios judaicos. O período de 1.290 dias mencionado no versículo pode ser simbólico e representar o tempo entre a crucificação e a ascensão de Cristo, ou pode ser interpretado como um período de tempo futuro que antecede a segunda vinda de Cristo. O versículo 12 se refere àqueles que esperam e alcançam a felicidade eterna, enquanto o versículo 13 fala sobre a recompensa daqueles que permanecem firmes em sua fé até o fim.

Teologia Arminiana


A teologia arminiana entende que o versículo 11 refere-se a um tempo de tribulação que ocorrerá antes da segunda vinda de Cristo. O período de 1.290 dias pode ser interpretado como um período literal ou simbólico, mas de qualquer forma, representa um tempo de sofrimento e perseguição para os cristãos. O versículo 12 se refere àqueles que permanecem fiéis a Deus durante esse tempo e alcançam a salvação eterna, enquanto o versículo 13 fala sobre a ressurreição final e o julgamento final.

Teologia Adventista


A teologia adventista entende que o versículo 11 refere-se a um período de tempo que ocorreu em 1844, quando Jesus entrou no santuário celestial para iniciar a obra final de julgamento. O período de 1.290 dias representa um tempo profético que antecedeu esse evento. O versículo 12 se refere àqueles que aguardam a segunda vinda de Cristo e que permanecem fiéis a ele durante o tempo de julgamento. O versículo 13 fala sobre a ressurreição final e o julgamento final, quando aqueles que foram fiéis serão recompensados com a vida eterna.

Teoria Adventistas sobre o ano de 1844

A crença adventista de que Jesus entrou no santuário celestial em 1844 é baseada em sua interpretação da profecia das 2300 tardes e manhãs encontrada em Daniel 8:14. Os adventistas acreditam que essa profecia prevê um período de 2300 anos que terminou em 1844, quando Jesus entrou no santuário celestial para começar seu ministério de julgamento investigativo. Eles também baseiam sua crença em outros textos bíblicos que se referem à obra sacerdotal de Jesus no céu, como Hebreus 4:14-16 e 9:11-12.

A data de 1844 foi calculada pelos fundadores do adventismo, baseados na interpretação da profecia das 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14. Eles acreditavam que essa profecia se referia à purificação do santuário celestial e que as "tardes e manhãs" eram um símbolo dos dias literais. A partir da datação do início da profecia, que eles identificaram como o ano 457 a.C. (o ano da decretação de Artaxerxes I, conforme mencionado em Esdras 7:11-26), eles adicionaram 2300 anos e chegaram a 1844.

No entanto, quando Jesus não retornou em 1844, como muitos adventistas esperavam, isso levou a um grande desapontamento conhecido como "O Grande Desapontamento". Depois disso, alguns líderes adventistas, como Ellen G. White, afirmaram que a data de 1844 foi correta, mas que eles haviam interpretado mal o que aconteceria naquele ano, e que Jesus havia entrado em um santuário celestial para iniciar seu ministério de julgamento investigativo, em vez de retornar à Terra.

O retorno de Jesus segundo os Adventistas


Segundo a crença adventista, antes do retorno de Jesus, há uma série de eventos que devem ocorrer. Eles acreditam que o mundo passará por um tempo de angústia, conhecido como "tempo de angústia de Jacó", descrito em Jeremias 30:7. Durante esse tempo, haverá uma intensificação das dificuldades sociais, políticas e econômicas, e haverá um aumento da perseguição contra os cristãos verdadeiros.

Os adventistas também acreditam que haverá um ressurgimento do poder papal, representado por uma entidade conhecida como "a besta", descrita em Apocalipse 13. Eles acreditam que a besta irá impor uma marca, simbolizada pelo número 666, como uma forma de controle sobre as pessoas. Eles afirmam que os cristãos verdadeiros serão testados durante este tempo e terão que escolher entre seguir a Deus ou a besta.

Além disso, os adventistas acreditam que a mensagem do evangelho será pregada em todo o mundo como um testemunho para todas as nações, e que haverá um remanescente fiel de crentes que permanecerá leal a Deus durante este tempo difícil. Quando esses eventos estiverem cumpridos, Jesus retornará para resgatar seus seguidores e estabelecer o seu reino na Terra.

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