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Cristãos devem trabalhar no Sábado?

O descanso no sábado é um mandamento descrito no Antigo Testamento na Lei dada por Deus a Moisés em Êxodo 20, e tem base nas próprias palavras de Deus na criação. 

Veja : “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.

E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gn. 2:2 e 3. 

Este descanso é descrito desta forma: 

4º mandamento da lei de Deus:

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Ex. 20: 8-11


Como o Judeus Guardam este Mandamento

Os judeus até os dias de hoje tem este mandamento em seus rituais de santificação, sendo que do pôr-do-sol da sexta-feira até o anoitecer do sábado, eles transcendem as preocupações e cuidados da vida material, pois Deus criou por seis dias e descansou no sétimo; ao descansar no Shabat, testemunhamos a criação do mundo e sincronizamos nossa vida com o ciclo Divino de criação e repouso.

Para os Judeus o “trabalho”, quando relacionado ao Shabat, não é esforço físico, mas aquilo que a Torá considera trabalho criativo. Por exemplo, escrever ou cozinhar é proibido; carregar um móvel pela sala não é. Sendo assim eles cumprem a Torá na risca; trabalhar, estudar, cozinhar, ligar qualquer aparelho elétrico, viajar são proibidos. Só são suspensa está lei em caso de vida ou morte, pois o espírito do descanso no Shabat não é menos importante que sua observância técnica.

Novo Testamento

Sobre a Lei de Moisés, Jesus disse que: 

“Não pensem que eu vim para acabar com a Lei ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo.
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei—nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas.” Mt.5:17 e 18 


Porém quando os discípulos estavam o colhendo espigas, o que era errado no sábado, fazer, pois este trabalho era para ter sido feito somente até a sexta-feira, Jesus não condenou.

"Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer.
E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado.
Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam?
Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes?
Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?
Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo.
Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.
Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor." Mateus 12:1-8


Jesus também fez o bem no sábado :

Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa? E, dizendo ele isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele.” (Lc 13. 10-17). 

Jesus também mandou o paralitico carregar o Leito no sábado, o que era proibido veja :

"Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.
Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.
Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito.
Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma o teu leito, e anda." João 5:8-11

Jesus manteve o principio divino de um dia de descanso e louvor a Deus após seis dias de trabalho realizado pelo homem. 

Em Colossenses 2:16-17, o Apóstolo Paulo declarou: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”

Da mesma forma, Romanos 14:5 diz: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”

Essas passagens deixam bem claro que, para o Cristão, guardar o Sábado é uma questão de liberdade espiritual, não um comando de Deus. Guardar o Sábado é um assunto sobre o qual a Palavra de Deus nos diz para não julgarmos uns aos outros. Guardar o Sábado é uma questão que cada Cristão deve estar convencido em sua própria mente. 

Na reunião feita em Jerusalém descrita em Atos 15, a decisão foi: “Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue” (Atos 15:19-20)

Guardar o Sábado não era um dos mandamentos que os apóstolos julgaram ser necessário reforçar aos crentes gentios. É inconcebível que os apóstolos iriam deixar de incluir o guardar o Sábado se esse ainda fosse um comando de Deus para os Cristãos. 

Para concluir, eu penso que seria muito bom guardarmos o sábado, para meditar nas obras de Deus na terra como a criação, mas como vivemos em um mundo capitalista, seria quase impossível manter este rito. Portanto se alguém tem condição de fazer a guarda do Sábado é muito louvável, mas não julgar os que não tem está condição.

Como os Cristão devem Pagar o Dízimo nos dias de Hoje

A prática do dízimo é muito ensinada entre os cristãos nos dias de hoje. Trata de uma doação de 10% dos rendimentos para a igreja onde se congrega.

Vários textos do Antigo Testamento são usados para embasar esta prática, sendo o mais famoso o de Malaquias que diz: 

Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Malaquias 3:8-11


No Antigo Testamento alguns textos explica o modo que o ato de dizimar deve ser feito, para que seja cumprido a Lei. 

No livro de Deuteronômio, tem a explicação de como deve ser a entrega do Dízimo de acordo com a Lei de Moisés. Sendo dividido em 2 tipos de dízimo. 

1º Dízimo - O primeiro dízimo era feito anualmente, onde 10% de tudo que colhesse do campo, ou seja 10% de toda renda anual, deveria ser feito uma festa perante ao Senhor e comer o Dízimo para aprender temer ao Senhor. Leia o Texto: 

Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo.
E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. Deuteronômio 14:22,23


De acordo com a Lei de Moisés, todo ano devemos somar todos rendimentos e com 10% fazer uma festa e comer e alegrar, para aprender temer ao Senhor.

2º Dízimo - O segundo Dízimo era feito de 3 em 3 anos, ou seja 10% dos rendimentos do último ano deveria ser entregue aos levitas, estrangeiro, órfão e viúvas.  Neste mandamento, os levitas como necessitava de sustento, era coletado 3,33% anual dos rendimentos e distribuído a eles de 3 em 3 anos.

Leia o Texto:

Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas;
Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem.Deuteronômio 14:28,29


Dízimo no Novo Testamento

No Novo Testamento não há mandamento para prática do dízimo. No Concílio dos Apóstolos sequer foi mencionado. Os apóstolos sugeriram aos cristão que; Se abstenham das contaminações dos ídolos, da fornicação, do que é sufocado e do sangue.Atos 15:20

O Apóstolo Paulo mencionou em suas cartas que o dever da comunidade cristão era contribuir com alegria para manutenção da Obra do Reino de Deus na terra. Paulo não estipulou a quantidade a ser doada, cada um contribua segundo o coração. Veja o Texto:

Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza.
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. 2 Coríntios 9:5-7 

Os cristãos devem contribuir para que o evangelho seja pregado no mundo e a obra de Deus seja mantida na terra.

Rm 6:14 - Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

Gl 5:18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

Dízimo - Prática dos Judeus nos dias de Hoje

Os judeus nos dias de hoje, não seguem como está descrito na lei, eles orientam a contribuir com 10% podendo chegar até 20% dos rendimentos (tsedacá) para ajudar em obras sociais (caridade). 

A Torá nos ordena dar um décimo de nossa renda líquida. É meritório dar 20% (Shulchán Aruch Yore Dea 249:1). Existem muitos exemplos na Torá onde nossos antepassados deram seu maasser (dízimo), como com Avraham (Bereshit 14:20) e Yaácov (Bereshit 29:22), bem como a mitsvá de darmos 10% de nossas entradas aos Leviim (membros da tribo de Levi) (Bamidbár 18: 21,24) e outros 10% aos pobres da localidade (Devarim 26:12).

Como os Muçulmanos contribuem 

Alcorão 11:51 Ó povo meu, não vos exijo recompensa alguma por isto (mensagem), porque a minha recompensa só procede de Quem me criou: Não raciocinais?

A Zakat é a quantia de dinheiro que qualquer muçulmano adulto, com sanidade mental, livre e com capacidade financeira, seja homem ou melhor, deverá pagar para apoiar pessoas com necessidades específicas.

Zakat é obrigatória quando um ano lunar passa com o dinheiro controlado pelo proprietário. Nessa altura, o proprietário precisa de pagar 2,5% (ou 1/40) do dinheiro na forma de Zakat (o ano lunar é aproximadamente 355 dias).

A Verdade dos Evangelhos do Novo Testamento

Perdidos na tradução?

Então, o que as evidências mostram? Começamos com duas perguntas simples: Quando foram escritos os documentos originais do Novo Testamento? E quem os escreveu?
A importância dessas perguntas é óbvia. Se os relatos de Jesus foram escrito após a morte das testemunhas oculares, ninguém pôde confirmar sua precisão. Mas se os relatos do Novo Testamento foram sido escritos enquanto os apóstolos originais ainda estavam vivos, sua autenticidade poderia ser estabelecida. Pedro poderia se defender de uma falsa afirmação atribuída a ele dizendo, “Ei, não escrevi isso”. E Mateus, Marcos, Lucas e João poderiam responder a perguntas ou desafios relacionados aos seus relatos sobre Jesus.
Os autores do Novo Testamento afirmaram terem sido testemunhas oculares dos relatos de Jesus. O apóstolo Pedro declarou o seguinte em uma carta: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pedro 1:16 NLT).
Uma grande parte do Novo Testamento é composta pelas 13 cartas de Paulo para jovens da igreja. As cartas de Paulo, datadas da metade dos anos 40 e da metade dos anos 60 (anos 12 a 33 depois de Cristo), constituem as primeiras testemunhas da vida e dos ensinamentos de Jesus. Will Durant escreveu sobre a histórica importância das cartas de Paulo: “A evidência cristã de Cristo começa com as cartas atribuídas a São Paulo. … Ninguém questionou a existência de Paulo, ou seus repetidos encontros com Pedro, Thiago e João; e Paulo admitia enciumadamente que esses homens haviam conhecido pessoalmente o Cristo.”
Em livros, revistas e documentários da TV, o Seminário de Investigação sobre Jesus sugere que os Evangelhos foram escritos entre os anos 130 a 150 d.C. por autores desconhecidos. Se essas datas estiverem corretas, haveria uma lacuna de aproximadamente 100 anos após a morte de Cristo (estudiosos situam a morte de Jesus entre os anos 30 e 33 d.C.). E, uma vez que todas as testemunhas oculares estariam mortas, os Evangelhos só poderiam ter sido escritos por autores desconhecidos, fraudulentos.
Portanto, quais evidências temos em relação a quando os relatos do Evangelho de Jesus foram realmente escritos? O consenso da maioria dos estudiosos é que os Evangelhos foram escritos por apóstolos durante primeiro século. Eles mencionam diversas razões que serão analisadas mais adiante neste artigo. Por enquanto, observe no entanto que três formas iniciais de evidência parecem criar uma base sólida para as conclusões deles:
  • documentos primitivos de hereges como Marcião e a escola de Valentino mencionando livros, temas e passagens do Novo Testamento 
  • numerosos escritos de fontes primitivas do Cristianismo, como do Clemente de Roma, Ignácio e Policarpo
  • descoberta de cópias de fragmentos do Evangelho com verificação de carbono datada de 117 d.C.
O arqueólogo bíblico William Albright concluiu, na base de sua pesquisa, que todos os livros do Novo Testamento foram escritos enquanto a maioria dos apóstolos ainda estava viva. Segundo ele, “Já podemos afirmar enfaticamente que não existe mais nenhuma base sólida para atribuir a data de qualquer livro a depois de 80 d.C., ou seja, duas gerações inteiras antes da data entre 130 e 150 d.C., dada pelos críticos atuais mais radicais do Novo Testamento”. Em outro ponto, Albright situa a escrita de todo o Novo Testamento “provavelmente entre 50 d.C. e 75 d.C.”
O estudioso John A. T. Robinson, notoriamente cético, atribui ao Novo Testamento uma data anterior àquela afirmada até mesmo pelos estudiosos mais conservadores. Em Redating the New Testament (A Redatação do Novo Testamento), Robinson afirma que a maior parte do Novo Testamento foi escrita entre 40 d.C. e 65 d.C. Isso significa que ele teria sido escrito sete anos após o período em que Cristo viveu. Se isso for verdade, quaisquer erros históricos teriam sido imediatamente apontados tanto por testemunhas oculares como por inimigos do Cristianismo.
Assim, vamos ver a trilha de pistas que nos leva dos documentos originais às nossas cópias atuais do Novo Testamento.
Os escritos originais dos apóstolos foram reverenciados. Eles foram estudados, compartilhados, cuidadosamente preservados e armazenados como um tesouro escondido pelas igrejas.
Mas, infelizmente, os confiscos romanos, a passagem de 2000 anos e a segunda lei da termodinâmica cobraram seu preço. Então, hoje, o que temos desses escritos originais? Nada. Os manuscritos originais se foram (embora, sem dúvida, toda semana estudiosos da Bíblia sintonizem no programa de TV Antiques Roadshow esperando que um manuscrito seja descoberto).
Ainda assim, o Novo Testamento não está sozinho nesse destino; nenhum outro documento comparável da história antiga continua existindo atualmente. Os historiadores não são incomodados pela falta de manuscritos originais, uma vez que têm cópias confiáveis para examinar. Mas existem cópias antigas do Novo Testamento disponíveis e, se existem, elas são fiéis aos originais?
Conforme o número de igrejas se multiplicava, centenas de cópias eram cuidadosamente feitas sob a supervisão dos líderes da igreja. Cada carta foi meticulosamente escrita à tinta em pergaminho ou papiro. E assim, atualmente, estudiosos podem examinar as cópias sobreviventes (e as cópias das cópias, e as cópias das cópias das cópias—você entendeu) para determinar a autenticidade e chegar muito perto dos documentos originais.
De fato, os acadêmicos que estudam literatura antiga desenvolveram a ciência da crítica textual para examinar documentos como A Odisseia, comparando-os a outros documentos antigos para determinar sua precisão. Mais recentemente, o historiador militar Charles Sanders ampliou a crítica textual desenvolvendo um teste dividido em três partes que analisa não apenas a fidelidade da cópia, mas também a credibilidade dos autores. Os testes são:
  1. O teste bibliográfico
  2. O teste da evidência interna
  3. O teste da evidência externa
Vamos ver o que acontece quando aplicamos esses testes aos primeiros manuscritos do Novo Testamento.

Teste bibliográfico

Este teste compara um documento a outros documentos históricos antigos do mesmo período. Ele questiona:
  • Quantas cópias do documento original existem?
  • Quanto tempo se passou entre os escritos originais e as primeiras cópias?
  • Como um documento se compara a outros documentos históricos antigos?
Imagine se tivéssemos apenas duas ou três cópias dos manuscritos originais do Novo Testamento. A amostragem seria tão pequena que não poderíamos confirmar sua precisão. Por outro lado, se temos centenas ou até mesmos milhares de cópias, podemos facilmente disseminar erros de documentos mal transmitidos.
Então, como o Novo Testamento se compara a outros escritos antigos considerando-se o número de cópias e o intervalo em relação aos originais? Atualmente, existem mais de 5000 manuscritos do Novo Testamento no idioma grego original. Quando contamos traduções para outros idiomas, o número é espantoso: 24.000 — datadas dos séculos II a IV.
Compare isso ao segundo manuscrito histórico antigo mais bem documentado, a Ilíada de Homero, com 643 cópias.E lembre-se de que a maioria dos trabalhos históricos antigos têm muito menos cópias existentes do que esse (geralmente, menos de 10). O estudioso do Novo Testamento Bruce Metzger ressalta, “Em contraste com esses números [de outros manuscritos antigos], a crítica textual do Novo Testamento é atrapalhada pela integridade do material”.

Intervalo de tempo

Não apenas o número de manuscritos é significativo, mas também o intervalo de tempo transcorrido entre quando o original foi escrito e a data da cópia. Ao longo de mil anos de cópias, não é possível dizer no quê um texto poderia se transformar. Mas quando se trata de cem anos, a história é diferente.
O crítico alemão Ferdinand Christian Baur (1792–1860) certa vez afirmou que o Evangelho de João não havia sido escrito por volta de 160 d.C. e, portanto, não poderia ter sido escrito por João. Isso, se for verdade, não questionaria apenas os escritos de João, mas também lançaria suspeita sobre todo o Novo Testamento. Mas então, quando um esconderijo dos fragmentos em papiro do Novo Testamento foi descoberto no Egito, no meio estava um fragmento do Evangelho de João (especificamente, P52: João 18:31-33) datado de aproximadamente 25 anos depois que João havia escrito o original.
Metzger explicou que, “assim como Robinson Crusoé, que viu uma única pegada na areia e concluiu que havia outro ser humano, com dois pés, presente na ilha junto com ele, o fragmento P52 prova a existência e o uso do Quarto Evangelho durante a primeira metade do século II em uma província ao longo do Nilo, muito afastada do local de escrita tradicional (Éfeso, na Ásia Menor).” Achado após achado, a arqueologia desvendou cópias de grandes partes do Novo Testamento, datadas de até 150 anos após os originais.[11]
Muitos outros documentos antigos têm intervalos de 400 a 1400 anos. Por exemplo, a Poética de Aristóteles foi escrita por volta de 343 a.C., e a primeira cópia é datada de 1100 d.C., sendo que existem apenas cinco cópias. E, ainda assim, ninguém sai em busca do histórico Platão, afirmando que na verdade ele era um bombeiro, e não um filósofo.
De fato, existe um corpo quase completo da Bíblia chamado Codex Vaticanus, que foi escrito somente cerca de 250 a 300 anos depois da escrita original dos apóstolos. O corpo completo mais antigo conhecido do Novo Testamento em um manuscrito uncial antigo é chamado Codex Sinaiticus que, agora, está guardado no Museu Britânico.
Assim como o Codex Vaticanus, ele é datado do século IV. Voltando ao início da história cristã, o Vaticanus e o Sinaiticus são como outros manuscritos bíblicos no sentido em que diferem minimamente um do outro e nos oferecem uma imagem muito boa do que os documentos originais devem ter dito.
Até mesmo o crítico acadêmico John A. T. Robinson admitiu que “a integridade dos manuscritos e, acima de tudo, o curto intervalo entre a escrita original e as primeiras cópias existentes, tornam o Novo Testamento de longe o texto mais certificado de qualquer escrito antigo no mundo.”[12]O professor de Direito John Warwick Montgomery afirmou que “ser cético em relação ao texto resultante dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antiguidade clássica deslize para a obscuridade, já que nenhum documento do período antigo é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento.”
A questão é: Se os registros do Novo Testamento foram feitos e circulados tão próximos aos eventos reais, é muito mais provável que o seu retrato de Jesus seja preciso. Mas a evidência externa não é a única forma de responder à dúvida sobre a confiabilidade; estudiosos também usam a evidência interna para responder a essa pergunta.

A descoberta do Codex Sinaiticus

Em 1844, o estudioso alemão Constantine Tischendorf estava procurando manuscritos do Novo Testamento. Acidentalmente, ele percebeu um cesto cheio de páginas velhas na biblioteca do monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai. O estudioso alemão ficou eufórico e chocado. Ele nunca havia visto manuscritos gregos tão antigos. Tischendorf perguntou ao bibliotecário sobre os papéis e ficou surpreso ao descobrir que as páginas haviam sido descartadas para serem usadas como combustível. Dois cestos daqueles papéis já haviam sido queimados!
O entusiasmo de Tischendorf deixou os monges desconfiados, e eles não quiseram lhe mostrar outros manuscritos. No entanto, eles deixaram que Tischendorf levasse as 43 páginas que havia descoberto.
Quinze anos depois, Tischendorf voltou ao monastério de Sinai, desta vez com a ajuda do Czar russo Alexandre II. Uma vez lá, um monge levou Tischendorf até seu quarto e lhe mostrou um manuscrito envolto em tecido que havia sido armazenado em uma prateleira com xícaras e louças. Tischendorf imediatamente reconheceu as valorosas partes restantes dos manuscritos que havia visto anteriormente.
O monastério aceitou dar o manuscrito como presente ao czar russo, como protetor da igreja grega. Em 1933, a União Soviética vendeu o manuscrito ao Museu Britânico por £100.000.
O Codex Sinaiticus é um dos primeiros manuscritos completos do Novo Testamento que temos, e está entre os mais importantes. Alguns especulam que ele é uma das 50 Bíblias que o imperador Constantino encomendou para a preparação de Eusébio no início do século IV. O Codex Sinaiticus tem sido um enorme auxílio para os estudiosos na verificação da precisão do Novo Testamento.

Teste de evidência interna

Assim como bons detetives, os historiadores verificam a confiabilidade observando pistas internas. Essas pistas revelam as motivações dos autores e sua disponibilidade para revelar detalhes e outros aspectos que podem ser verificados. As principais pistas internas que esses estudiosos usam para testar a confiabilidade são:
  • consistência dos relatos das testemunhas oculares
  • detalhes dos nomes, locais e eventos
  • cartas para indivíduos ou grupos pequenos
  • aspectos embaraçosos para os autores
  • a presença de material irrelevante ou não produtivo
  • falta de material relevante
Vamos usar como exemplo o filme Friday Night Lights. O filme é supostamente baseado em eventos históricos mas, assim como em muitos filmes livremente baseados em fatos reais, você fica constantemente perguntando “as coisas aconteceram assim mesmo?” Então, como você determinaria sua confiabilidade histórica?
Uma pista seria a presença de material irrelevante. No meio do filme, o técnico, sem motivo aparente, recebe uma chamada telefônica informando que sua mãe tem câncer no cérebro. O evento não tem relação com o enredo e nunca é mencionado novamente. A única explicação para a presença desse fato irrelevante seria que ele realmente ocorreu e que o diretor desejava ser historicamente preciso.
Outro exemplo do mesmo filme. Seguindo o fluxo dramático, queremos que o Permian Panthers vença o campeonato estadual. Mas eles não vencem. Isso parece não ser produtivo para o drama, e imediatamente descobrimos que o fato está lá porque, na vida real, o Permian perdeu o jogo. A presença de material não produtivo também é uma pista para a precisão histórica.
Por fim, o uso de cidades reais e pontos de referência familiares, como Houston Astrodome, nos leva a considerar como históricos esses elementos da história, porque eles são muito fáceis de corroborar ou de falsificar.
Existem poucos exemplos de como a evidência interna aproxima ou afasta a conclusão de que um documento é historicamente confiável. Analisaremos brevemente a evidência interna da historicidade do Novo Testamento.
Diversos aspectos do Novo Testamento nos ajudam a determinar sua historicidade com base em seu próprio conteúdo e qualidades.

Consistência

Documentos inexatos ou deixam de fora relatos de testemunhas oculares ou são inconsistentes. Por isso, claras contradições entre os Evangelhos provariam que eles contêm erros. Mas, ao mesmo tempo, se todo Evangelho dissesse exatamente a mesma coisa, isso levantaria suspeitas de conspiração. Seria como conspiradores tentando concordar em cada detalhe de um esquema. O excesso de consistência é tão duvidoso quanto a falta.
Testemunhas oculares de um crime ou incidente geralmente percebem corretamente os eventos significativos, mas os veem a partir de perspectivas diferentes. Da mesma forma, os quatro Evangelhos descrevem os eventos da vida de Jesus de diferentes perspectivas. Ainda assim, independentemente dessas perspectivas, estudiosos da Bíblia se surpreendem com a consistência dos relatos e com a clara imagem de Jesus e de seus ensinamentos que esses relatos complementares compõem.

Detalhes

Historiadores adoram detalhes em um documento porque eles facilitam a verificação da confiabilidade. As cartas de Paulo são repletas de detalhes. E os Evangelhos estão cheios deles. Por exemplo, tanto o Evangelho de Lucas como o seu Livro de Atos foram escritos para um nobre chamado Teófilo, que era sem dúvida um indivíduo muito conhecido na época.
Se esses escritos tivessem sido meras invenções dos apóstolos, a inexatidão de nomes, locais e eventos teria rapidamente sido apontada por seus inimigos, como os líderes judeus e romanos. Isso teria sido o escândalo de Watergate do século I. Além disso, muitos detalhes do Novo Testamento foram confirmados por verificações independentes. O historiador clássico Colin Hemer, por exemplo, “identifica 84 fatos nos últimos 16 capítulos dos Atos que foram confirmados por pesquisa arqueológica”.
Nos séculos anteriores, estudiosos céticos da Bíblia questionaram a autoria de Lucas e sua datação, afirmando que os escritos eram do século II e de um autor desconhecido. O arqueólogo Sir William Ramsey estava convencido de que estavam certos e começou a investigar. Após uma extensa pesquisa, o arqueólogo mudou sua opinião. Ramsey cedeu, “Lucas é um historiador de primeira classe. … Este autor pode ser colocado entre os grandes historiadores. … A história de Lucas goza de respeito e confiabilidade insuperáveis”.
Os Atos contam as viagens missionárias de Paulo, listando os locais que ele visitou, as pessoas que viu, as mensagens que transmitiu e a perseguição que sofreu. Seria possível falsificar todos esses detalhes? O historiador romano escreveu A. N. Sherwin-White que “a confirmação da historicidade dos Atos é claríssima. … A partir de agora, qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica será um absurdo. Os historiadores romanos já haviam aceitado isso como fato há muito tempo”.
Dos relatos do Evangelho até as cartas de Paulo, os autores do Novo Testamento descreveram abertamente detalhes, chegando a citar nomes de indivíduos que viveram na época. Os historiadores confirmaram pelo menos 30 desses nomes.

Cartas para grupos pequenos

A maioria dos textos forjados é de documentos de natureza geral e pública, como este artigo de revista (sem dúvidas, incontáveis falsificações já estão circulando no mercado negro). O especialista em História Louis Gottschalk observa que cartas pessoais destinadas a públicos pequenos têm alta probabilidade de serem confiáveis.[19] Em qual categoria os documentos do Novo Testamento se encaixam?
Bem, alguns deles tinham claramente a finalidade de serem amplamente distribuídos. Ainda assim, grandes partes do Novo Testamento consistem em cartas pessoais escritas para pequenos grupos e indivíduos. Esses documentos, no mínimo, não seriam considerados grandes candidatos à falsificação.

Aspectos embaraçosos

A maioria dos escritores não quer ser constrangido em público. Por isso, os historiadores têm observado que documentos contendo revelações embaraçosas sobre os autores geralmente são confiáveis. O que os autores do Novo Testamento disseram sobre si mesmos?
Surpreendentemente, todos os autores do Novo Testamento se apresentavam como frequentemente tolos, covardes e descrentes. Por exemplo, considere a tripla negação de Pedro a Jesus ou a discussão dos discípulos sobre qual deles era o melhor—ambas as histórias registradas nos Evangelhos. Uma vez que o respeito aos apóstolos era crucial na igreja primitiva, a inclusão desse tipo de material não indica outra coisa, senão que os apóstolos eram verdadeiros em seus relatos.[20]
Em A História da Civilização, Will Durant escreveu sobre os apóstolos, “esses homens dificilmente eram do tipo que seria escolhido para remodelar o mundo. Os Evangelhos diferenciavam seus caracteres de forma realista, e expunha abertamente suas falhas”.

Material não produtivo ou irrelevante

Os Evangelhos nos contam que a tumba vazia de Jesus foi descoberta por uma mulher embora, em Israel, o testemunho de mulheres fosse considerado praticamente sem valor e não fosse nem mesmo admitido em julgamentos. Existem registros de que a mãe e a família de Jesus acreditavam que ele havia perdido a razão. Diz-se que algumas das últimas palavras de Jesus na cruz foram “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” E por aí vai a lista de incidentes registrados no Novo Testamento que não seriam produtivos se a intenção do autor fosse algo diferente da transmissão precisa da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

Falta de material relevante

É irônico (e talvez lógico) que alguns dos maiores problemas enfrentados pela igreja do primeiro século—missões em gentios, dádivas espirituais, batismo, liderança—tenham sido abordados diretamente nas palavras registradas de Jesus. Se seus seguidores estivessem simplesmente gerando o material para incentivar o crescimento da igreja, não seria possível explicar por que eles não teriam forjado instruções de Jesus sobre essas questões. Em um caso, o apóstolo Paulo afirmou claramente sobre um determinado assunto “Sobre isto não temos ensinamento do Senhor”.

Teste de evidência externa

A terceira e última medida da confiabilidade de um documento é o teste de evidência externa, que questiona “os registros históricos externos ao Novo Testamento confirmam sua confiabilidade?” Portanto, o que os historiadores não cristãos dizem sobre Jesus Cristo?
“De forma geral, pelo menos 17 escritos não cristãos registram mais de 50 detalhes relacionados à vida, aos ensinamentos, à morte e à ressurreição de Jesus, além de detalhes relativos à igreja primitiva.” Isso é impressionante, considerando a falta de outros dados históricos deste período. Jesus é mencionado por mais fontes do que as conquistas de César durante o mesmo período. O que impressiona ainda mais é o fato de que essas confirmações dos detalhes do Novo Testamento datam de 20 a 150 anos depois de Cristo, “o que é bastante cedo, considerando os padrões da historiografia antiga”.
A confiabilidade do Novo Testamento é adicionalmente embasada por mais de 36 mil documentos cristão fora da Bíblia (citações de líderes da igreja dos primeiros três séculos) datados de 10 anos após o último escrito do Novo Testamento). Se todas as cópias do Novo Testamento fossem perdidas, seria possível reproduzi-las a partir dessas outras cartas e documentos, com exceção de alguns poucos versos.
O professor emérito da Boston University, Howard Clark Kee, conclui que “o resultado da avaliação das fontes externas ao Novo Testamento relacionadas… ao nosso conhecimento de Jesus confirma sua existência histórica, seus poderes incomuns, sua devoção aos seus seguidores, a continuação da existência do movimento após sua morte… e a penetração do Cristianismo na própria Roma no final do primeiro século”.
Assim, o teste de evidência externa se soma às evidências fornecidas pelos outros testes. Apesar da suposição de alguns céticos radicais, o retrato que o Novo Testamento oferece do Jesus Cristo real é praticamente à prova de máculas. Embora haja alguns dissidentes, como o Seminário de Investigação sobre Jesus, o consenso dos especialistas, independentemente de suas crenças religiosas, confirma que o Novo Testamento que lemos hoje representa fielmente tanto as palavras como os eventos da vida de Jesus.
Clark Pinnock, professor de interpretação no McMaster Divinity College, resumiu bem ao dizer “não existe nenhum documento do mundo antigo testemunhado por um conjunto de depoimentos textuais e históricos tão excelentes. … Uma pessoa honesta não pode desconsiderar uma fonte desse tipo. O ceticismo relacionado às credenciais históricas do Cristianismo tem uma base irracional”.
Fonte :y-jesus

Novo Testamento da Bíblia já era Usado 200 anos antes de Constantino

Cartas e documentos escritos por líderes da igreja e hereges do século dois confirmam o amplo uso dos livros do Novo Testamento. Certa de 200 anos antes de Constantino conclamar o Concílio de Niceia, o herege Marcião listou 11 dos 27 livros do Novo Testamento como escritos autênticos dos apóstolos.
Por volta da mesma época, outro herege, Valentino, faz menção a uma ampla variedade de temas do Novo Testamento e suas passagens. Visto que esses dois hereges eram adversários da liderança da igreja primitiva, eles não estavam escrevendo somente o que os bispos queriam. Mesmo assim, como a igreja primitiva, eles mencionaram os mesmos livros do Novo Testamento que lemos hoje.
Assim, se o Novo Testamento já era amplamente usado 200 anos antes de Constantino e do Concílio de Niceia, como poderia o imperador tê-lo inventado ou alterado? Naquele tempo a igreja já havia se espalhado e abrangia centenas de milhares se não milhões de crentes, e todos conheciam os relatos do Novo Testamento.
No livro A fraude do Código Da Vinci, uma análise do O Código Da Vinci, o Dr. Erwin Lutzer comenta:
“Constantino não decidiu quais livros estariam no cânone; de fato, o tópico do cânone nem mesmo foi mencionado no Concílio de Niceia. Na época que a igreja primitiva lia um cânone de livros, eles já haviam sido determinados como a palavra de Deus anos antes”.
Apesar do cânone oficial ainda levar anos para ser finalizado, o Novo Testamento de hoje foi considerado autêntico mais de dois anos antes de Niceia.
Fonte : y-jesus

Mistérios do Apocalipse


O livro mais misterioso da Bíblia é o Apocalipse, apocalipse é uma palavra que vem do grego antigo e quer dizer "revelação". Este livro é motivo de controvérsia entre os teólogos cristãos, muitos acreditam que a maioria das revelações já aconteceram no período dos imperadores romanos e outros teólogos especialmente os protestantes, defendem que tudo ainda está para acontecer.

No livro mais temido da Bíblia, dragões, cavalos com cabeça de leão e cordeiros com sete olhos são algumas das visões.

As visões do Apóstolo João seria para muitos uma profecia do fim dos tempos e muitas vezes é usado para explicar desastres que vão da peste ao aquecimento global. Porém os teólogos mais conservadores acreditam que João quando escreveu o livro, no século 1, ele não estava apenas querendo explicar acontecimentos futuros.

Vários acadêmicos acreditam que ele usava códigos e símbolos para alertar os cristãos da época sobre a adoração ao imperador de Roma e lançar um ataque ao poderoso regime.

O "número da besta" - 666 - é, talvez, a referência mais famosa do Apocalipse. O trecho que o cita diz: "Quem tiver discernimento, calcule o número da besta, pois é número de homem, e seu número é 666".

Até hoje, 666 é usado para falar sobre a imagem do mal. Mas qual seria o significado por trás dele?

Era comum, na Antiguidade, usar números para disfarçar um nome. Nos alfabetos grego e hebraico, toda letra tem um número correspondente. Então, se você somasse todas as letras do seu nome, você tinha um código numérico.

Se você escrever o nome do imperador Nero Cesar no alfabeto hebraico, a equação fica: 200+60+100+50+6+200+50=666.

Historiadores acreditam que a perseguição de Nero a cristãos em Roma fez com que ele fosse uma figura odiada pelos primeiros cristãos.

Mistérios do Apocalipse

Nem todo mundo sabe, por exemplo, que Armagedon vem da Batalha do Armagedon, descrita no livro. O nome Armagedon é baseado no nome do Megido, um monte que hoje fica em Israel.

Segundo estudiosos, "ar" (ou "har") significa monte em hebraico, e "magedom" (ou "magedo") equivale a Megido. Na época de João, o Megido era um sangrento campo de batalha e abrigava uma das legiões mais cruéis de Roma.

A batalha do Armagedom é uma luta entre o bem o mal - Deus e Satã - durante os últimos dias do mundo.

Já os cavaleiros do Apocalipse são quatro homens, em cavalos nas cores branca, vermelha, preta e verde. Eles soltariam no mundo a morte, guerra, fome e conquista, representando a violência resultante de escolher não seguir a palavra de Deus - a Roma imperial.

Outra imagem famosa do livro é a da besta do apocalipse e suas sete cabeças, que emerge do oceano e exige ser adorada. O nome de uma blasfêmia está escrito em cada uma das suas cabeças.

A besta seria Roma, e suas cabeças representariam os sete imperadores que a Roma antiga havia tido naquele tempo. Os nomes de blasfêmias representam a tendência dos imperadores romanos de se chamarem de deuses.
Influências

Tese dos Teólogos Protestante

Os teólogos protestante acreditam que a maioria das revelações estão a se cumprir como a volta de Jesus na terra para buscar os fiéis e neste período surgirá o anticristo para governar o mundo durante 7 anos, após este tempo de perseguição a quem quiser servir a Deus e ignorar o anticristo e a marca da Besta 666, Jesus voltará a terra, derrotará o anticristo e implantar o reino de 1000 anos.

Mil anos se passa e Satanás será solto e tentará enganar os habitantes da terra para uma última batalha. Nesta batalha Jesus derrota o inimigo, e lança no lago de fogo. Começa então o Juízo Final, Deus julgará todos habitantes da terra.

O juízo final termina e quem for condenado será lançado na perdição eterna e os salvos reinarão com Jesus Cristo na nova Terra para sempre.

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