Cientistas americanos identificaram resíduos de ouro nas estações de tratamento de esgoto americanas em níveis que, se encontrados em rochas, justificariam comercialmente a atividade de mineração.
"Há metais em todo lugar: nos produtos para cabelo, em detergentes, até nanopartículas colocadas em meias para reduzir o mau odor", completou. Esses produtos acabam indo para o esgoto e se misturando às fezes
A extração de metais a partir de resíduos também poderia ajudar a conter a liberação de substâncias tóxicas no meio ambiente.
Segundo o estudo, qualquer que seja sua origem, os dejetos contendo esse metais são canalizados a estações de tratamento de esgoto; muitos desses metais acabam entre os resíduos sólidos filtrados nessas estações.
Esses dejetos contém, além de ouro e prata, metais raros, como paládio e vanádio.
"Queremos recolher metais valiosos que poderiam ser vendidos, incluindo alguns dos metais tecnologicamente mais importantes, como o vanádio e cobre, usados na fabricação de telefones celulares, computadores e ligas", disse Smith.
A equipe estima que sete milhões de toneladas de resíduos sólidos saiam das estações de tratamento de esgoto dos Estados Unidos a cada ano.
Cerca de metade é usada como fertilizante, enquanto a outra metade é incinerada ou enviada para aterros sanitários.
Os cientistas estão fazendo experiências usando as mesmas substâncias químicas, chamadas de lixiviados, que a mineração industrial usa para extrair metais de rochas.
Embora alguns desses lixiviados tenham uma reputação ruim por afetar os ecossistemas quando vazam ou são derramados no meio ambiente, Smith diz que, em um ambiente controlado, eles poderiam ser usados com segurança para extrair metais de resíduos sólidos tratados.
Em um estudo anterior, uma equipe de cientistas calculou que os resíduos de um milhão de americanos poderiam conter até US$ 13 milhões em metais.
Fonte : BBC