A urina é um líquido transparente, amarelado, formado nos rins e que transporta produtos residuais do metabolismo até ao exterior do organismo. Ela é constituída por 95% por água, na qual a uréia, toxinas e sais minerais, como o cloro, o magnésio, o potássio, o sódio, o cálcio, entre outros estão dissolvidos.
Pesquisadores britânicos tentam desenvolver sistema para carregar celulares e outros aparelhos a partir do reaproveitamento da urina.
"Um dos produtos que podemos ter certeza de fornecimento infinito é nossa urina", disse Ioannis Ieropoulos, do Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, quando, há alguns anos, explicava como tinha desenvolvido uma forma de carregar telefones celulares com urina.
Ieropoulos não foi o único a pesquisar como tirar energia desse líquido.
Recentemente, os pesquisadores da Universidade de Bath, também na Inglaterra, desenvolveram uma célula de combustível em miniatura que pode gerar eletricidade a partir do nosso resíduo.
Segundo os especialistas, esta pode ser uma solução para oferecer energia acessível e renovável.
Uma célula de combustível microbiana trabalha com processos elétricos biológicos naturais das bactérias para converter matéria orgânica em eletricidade.
Outra vantagem, segundo os pesquisadores, é que essas baterias são econômicas, cada dispositivo custa cerca de US$ 1,5 (cerca de R$ 5), eficientes e produzem quase nenhum resíduo na comparação com outros métodos tradicionais de geração de eletricidade.
Estas baterias permitem carregar ─ pelo menos no laboratório ─ telefones celulares e outros dispositivos.
Fonte de Combustível para o Futuro
No futuro talvez seja possível abastecer o carro a partir da urina. Gerardine Botte, cientista da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, se especializou em transformar urina em combustível de hidrogênio.
A premissa parece simples. A urina tem dois compostos que poderiam ser fonte de hidrogênios (amônia e ureia), então, se você coloca um eletrodo no líquido e aplica uma corrente suave, o gás de hidrogênio produzido poderia ser usado para alimentar uma célula de combustível.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a tecnologia que a professora de engenharia química e biomolecular desenvolveu possui um sistema que opera de forma muito parecida com a eletrólise da água, "um processo que se utiliza para produzir hidrogênio".
A vantagem do sistema de Botte é que a amônia e a ureia da urina usam menos força para manter os átomos de hidrogênio e, por isso, não precisa de tanta energia para separá-los.
Com informações de BBC
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